Canal do cooperado

O começo do ano no Mato Grosso foi de tempo seco, até um pouco fora do padrão para o período, mas entre os dias 10 e 17 de janeiro chuvas contínuas atingiram todo o Estado, não foram precipitações com grandes volumes, mas o tempo encoberto e chuvoso prejudicou o andamento da colheita de soja, de acordo com dados do último relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária – IMEA, apenas 2,8% da área havia sido colhida. A boa notícia para s agricultores é que nos últimos três dias, principalmente no médio-norte do Estado, as chuvas voltaram a se alternar com períodos de sol, que permitem o avanço dos trabalhos no campo. ?Não há ausência total das chuvas, mas até o início da próxima semana elas acontecem em formas de pancadas, com a presença do sol ao longo dos dias?, explica o climatologista da Somar, Paulo Etchichury. Assim os produtores rurais podem adiantar a colheita, para diminuir o risco de perdas futuras.O alerta da meteorologia é para a próxima semana no Mato Grosso, pois a frente fria, que provocou as chuvas mais fortes da semana passada agora está na altura da Bahia, mas deve recuar para o Sudeste e encontrar outra frente fria, que vem do Sul do país. Esses dois sistemas se encontram e voltam a organizar a umidade da Amazônia sobre o Centro-Oeste, especialmente sobre o Estado mato-grossense. Ainda não há risco de invernadas, mas as precipitações ficam mais intensas e constantes nessa região a partir da próxima terça-feira.Mesmo com um certo atraso na colheita, a safrinha de milho tem boas perspectivas no Mato Grosso. Ainda segundo o relatório do IMEA, a safra deste ano deve ter um aumento na área plantada, mas a produção deve ser menor, já que 2012 foi um ano espetacular por conta do episódio de chuva fora de época que ocorreu em junho passado. Para 2013 a previsão é que as chuvas mais regulares aconteçam até a primeira quinzena de abril e depois dessa data comecem a ficar mais escassas. ?O período de chuvas esse ano não deve se prolongar muito e a partir de meados de abril as precipitações ficam irregulares no Mato Grosso?, conclui Etchichury.