Falta de chuva reduz potencial da safra de soja em áreas do RS

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Os sojicultores do Rio Grande do Sul estão “apreensivos”” com a falta de chuva que já reduz o potencial produtivo de algumas lavouras no Estado que é o terceiro produtor brasileiro de soja, afirmou a Emater-RS em relatório nesta sexta-feira (7).Segundo o órgão de assistência técnica do governo do Estado, a preocupação com a produtividade da soja ocorre porque cerca de 80 por cento das lavouras estão em floração e formação de grãos), fases em que a planta precisa de umidade.””Assim, a continuidade desse cenário poderá afetar de forma significativa a produção. Lavouras localizadas mais ao norte, onde a chuva é mais escassa, começam apresentar queda de vagens recém-formadas, o que seguramente implica na diminuição da produtividade””, afirmou a Emater.A safra do Rio Grande do Sul foi estimada pelo Ministério da Agricultura no início de janeiro, antes do agravamento da seca, em 13,2 milhões de toneladas, crescimento de 5 por cento ante a temporada passada.As chuvas no Estado foram mais fortes no início do mês e depois ficaram escassas.Um bloqueio atmosférico tem segurado as frentes frias chuvosas sobre o Uruguai e a Argentina, impedindo o avanço delas pelo Brasil. Isso faz com que a maior parte das áreas produtoras passe por um prolongado período de tempo seco e quente. Chuvas estão previstas para começar a chegar somente no início da segunda quinzena do mês, segundo a Somar Meteorologia.Por conta do bloqueio atmosférico, no sul do Rio Grande do Sul ocorrem problemas na soja pelo excesso de umidade.Lavouras de soja plantadas em várzeas de arroz, perto da fronteira com o Uruguai, começam a ter seu desenvolvimento prejudicado devido ao excesso de umidade, uma vez que as chuvas naquela região têm sido frequentes e abundantes, disse a Emater.””Cabe ressaltar que são, até o momento, casos pontuais e esporádicos, tanto no primeiro caso como no segundo””, acrescentou a Emater.No Rio Grande do Sul, 42 por cento das lavouras de soja estão em enchimento de grãos, 40 por cento em floração e 18 por cento em desenvolvimento vegetativo.Parte da safra gaúcha de milho também sofre com a falta de chuva.As lavouras mais tardias, que ainda estão em desenvolvimento (14 por cento do total), podem ter seu potencial de produção reduzido, caso persista o calor intenso e as poucas chuvas, disse a Emater.De outro lado, o milho plantado mais cedo já sendo colhido e apresenta boas condições.A colheita do cereal segue em ritmo acelerado no Estado, alcançando 30 por cento do total da área semeada este ano.””Desde o início da colheita das primeiras lavouras os rendimentos vêm surpreendendo de forma positiva, com casos pontuais que superam os 10 mil kg/hectare””, disse a Emater, acrescentando que, no geral, as expectativas de produção estão mantidas.(Por Roberto Samora; Edição de Gustavo Bonato) “

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